Pacientes com câncer em Minas Gerais agora têm o direito de preservar a fertilidade antes de iniciar o tratamento, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A novidade é fruto da Lei 20.627, de autoria do deputado estadual Dr. Wilson Batista, que assegura a coleta e o congelamento de óvulos, espermatozoides e embriões para pessoas diagnosticadas com a doença.
O tratamento contra o câncer, como quimioterapia e radioterapia, pode afetar irreversivelmente a capacidade reprodutiva. Até então, a preservação da fertilidade era acessível apenas por meio da rede privada, com altos custos, o que excluía a maioria dos pacientes. Agora, com a nova legislação, o procedimento passa a ser gratuito e garantido por lei em todo o estado.
“Essa é uma conquista que representa o cuidado não só com a saúde física, mas também com o direito ao futuro e à realização de sonhos. Muitos pacientes jovens desejam ter filhos após vencer o câncer, e essa possibilidade agora está preservada”, afirmou o deputado Dr. Wilson Batista, autor do PL.
A lei é pioneira no Brasil e coloca Minas Gerais na vanguarda da política pública de apoio a pacientes oncológicos. Especialistas em reprodução humana e oncologia comemoraram a medida, destacando a importância de aliar tratamento médico ao respeito pela qualidade de vida e pelos projetos pessoais dos pacientes.