A movimentação no Fórum Tabelião Pacheco de Medeiros começou cedo nesta quinta-feira (21), dia do julgamento do ex-vereador e policial militar reformado Joel Moraes Azevedo, acusado de assassinar a própria esposa, Priscila Dala Paula, em dezembro de 2021. Um forte esquema de segurança foi montado, com revistas minuciosas até mesmo em servidores de carreira.
Joel chegou ao fórum escoltado por policiais penais e foi levado diretamente para uma cela, onde aguardou o início da sessão. Ele confessou o crime na época e, desde então, está preso em regime fechado em um presídio em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
De acordo com a promotora de Justiça Jaqueline Rangel, a expectativa é que os debates no júri popular se estendam até sexta-feira (22). O Ministério Público reforçou que pedirá a pena máxima para o acusado.
No plenário, os jurados foram conduzidos ao local e receberam as orientações iniciais. Do lado de fora do fórum, familiares e amigos de Priscila se reuniram para acompanhar a sessão. Muitos usavam camisetas estampadas com a foto da jovem, que tinha 28 anos quando foi morta a tiros dentro de casa.
“Queremos justiça, que a memória da minha irmã seja honrada e que ele pague pelo que fez”, afirmou Luiz Fernando, irmão da vítima. A mãe de Priscila, emocionada, também disse esperar uma decisão que represente reparação diante da dor da família.
O caso teve grande repercussão em Muriaé e região, pela trajetória política de Joel e pela brutalidade do crime, classificado como feminicídio pelo Ministério Público. O júri segue em andamento.
