No mês da Consciência Negra, a Escola Estadual Capitão Roberto José Ferreira, localizada no distrito de Macuco, em Muriaé, transformou o reconhecimento recebido pelo Prêmio Escola Transformação, do Governo de Minas, em experiências culturais para seus estudantes. Com projetos de aprendizagem “Além dos Muros” e “Caminhando pela História”, a instituição tem promovido o acesso dos alunos a espaços históricos, científicos e também às narrativas da cultura negra — tema em destaque neste mês em que se celebra o Dia da Consciência Negra.
Em novembro, a escola realizou duas viagens pedagógicas. No dia 12, os estudantes visitaram Mariana, primeira capital de Minas Gerais, onde percorreram pontos turísticos e exploraram a Mina da Passagem, maior mina de ouro aberta à visitação no mundo.

Esta semana, a segunda viagem levou o grupo à cidade de Juiz de Fora, onde os alunos participaram de atividades no Centro de Ciências e Planetário da UFJF, um dos mais modernos do país. Também visitaram o Museu Mariano Procópio e o Museu Ferroviário.
O destaque da viagem, no entanto, ocorreu na semana da Consciência Negra: os estudantes conheceram o Centro de Preservação da Memória Negra de Juiz de Fora e Região, recentemente inaugurado no Paço Municipal. O espaço preserva documentos, objetos e histórias que dão visibilidade à contribuição da população negra na formação da Zona da Mata e de Minas Gerais.

Para o professor de História Guilherme Soares, a experiência amplia o olhar dos alunos para além da sala de aula.
“Nosso objetivo é aproximar a comunidade escolar de lugares históricos, ampliar o acesso a bens culturais e incentivar a troca de saberes. Viajar e conhecer esses espaços é fundamental para formar cidadãos mais críticos e conectados à própria história”, afirma.
A escola já prepara uma nova viagem ainda neste ano letivo, desta vez para Angra dos Reis e Paraty (RJ). A expectativa é que a iniciativa continue inspirando os alunos da rede estadual e fortalecendo o vínculo entre ensino e práticas culturais.



