A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes e do Núcleo de Inteligência de Muriaé, desarticulou um grupo criminoso que atuava no ingresso de drogas e equipamentos eletrônicos em Unidades Prisionais do Estado, inclusive na penitenciária de Muriaé. Ao todo, 3 pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Na quinta-feira, 18, um detento de 28 anos, que cumpria pena no regime semiaberto no distrito do Divisório, foi preso em flagrante após ser encontrado com grande quantidade de cocaína e maconha no local onde realizava trabalho externo. Segundo as investigações, os entorpecentes seriam fracionados e vendidos entre os presos, além de introduzidos por visitantes durante encontros.

Já nesta sexta-feira (19) outros 2 professores que lecionavam no sistema prisional em Muriaé foram presos em flagrante. Um foi preso no bairro Prefeito Hélio Araújo (antogo Bico Doce) e o outro no bairro São Gotardo. Eles teriam sido cooptados para entrar com drogas e equipamentos eletrônicos, como smartwatches, que eram levados no pulso para simular uso pessoal. Os aparelhos eram deixados com os detentos durante as aulas e recuperados no dia seguinte.
As drogas eram embaladas a vácuo e acondicionadas em pacotes de chá, o que dificultava a identificação pelos sistemas de segurança.
De acordo com a Polícia Civil, em 4 meses o esquema movimentou mais de R$ 200 mil.

O delegado Tayrony Espíndola, responsável pela investigação, destacou que o grupo utilizava um método “sofisticado e articulado”, aproveitando a posição de profissionais com livre acesso às unidades para burlar a fiscalização. As investigações apontam também que a quadrilha está ligada a facções criminosas com alto poder financeiro.
Os três presos foram encaminhados ao presídio do bairro Safira e permanecem à disposição da Justiça. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.